domingo, 6 de junho de 2010

(Na) viagem

Oito da manhã, tenho a cara estatelada no vidro da janela do autocarro e o meu corpo confortavelmente sentado, por incrivel que possa parecer, recebendo o quente da luz do sol que reflecte no vidro.
Ouve-se o ruído perturbador dos passageiros, conversas paralelas que para mim são um simples som de fundo. É espantoso como uma cenário destes me leva a reflectir situações diárias de maneira diferente, com maior exactidão, talvez..
Na minha cabeça fervilham coisas inumeras, coisas desconfortáveis mas que insisto que estejam presentes dia após dia, o desejo de querer, de ver, de tocar, de sentir, de ter !
É algo platónico.

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